Sistema Solar possui cauda como um cometa

Como um meteoro viajando através da atmosfera, o Sistema Solar tem um fluxo de partículas atrás de si, informou a NASA.
A Missão IBEX da NASA (Interstellar Boundary Explorer) traçou os limites da heliosfera e se deparou com as partículas que a formam.
Combinando observações de três anos de pesquisa, os astrônomos descobriram que esta cauda é composta por dois tipos diferentes de partículas, umas rápidas e outras lentas.
As partículas mais lentas estão nas laterais e as mais rápidas estão acima e abaixo.
“Muitos modelos sugeriam que a heliocauda poderia ser de tal ou tal jeito, mas não tínhamos ainda feito nenhuma observação. Fizemos vários desenhos em que a cauda da heliosfera desaparecia gradativamente na página, já que nem sequer podíamos especular sobre como realmente se parecia”, disse David McComas, principal autor da pesquisa e investigador principal da equipe IBEX, que faz parte do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, Texas, Estados Unidos.
“A IBEX vasculha todo o céu, por isso nos deu as primeiras informações sobre como se parece a cauda da heliosfera, uma parte importante para a compreensão do nosso meio ambiente e seu movimento através da galáxia”, disse Eric Christian, cientista da missão IBEX no Centro de Voos Espaciais da NASA em Greenbelt.
Christian explica que até os átomos neutros do Sol viajarem durante anos antes de alcançar os instrumentos da IBEX, formam uma corrente que se move em todas as direções. “Eles se movem muito além dos planetas mais distantes, então finalmente freiam e se duplicam ao longo da cauda, em resposta à pressão da matéria interestelar que chega em seguida”, descrevem os astrônomos.
Estas partículas atingem uma fina camada conhecida como heliopausa, a qual corresponde aos limites do nosso sistema solar.
“Enquanto isso acontece, há outro fluxo constante de átomos lentos e neutros procedentes da galáxia, que viajam através do sistema solar”, acrescentou a NASA.
Estas partículas lentas podem colidir com as outras que são mais rápidas, o que faz com que os átomos se desprendam e viajem em qualquer direção.
“Quando um desses átomos neutros se choca com uma das partículas mais rápidas, eles podem trocar um elétron entre si”, diz a NASA.
“A cauda é a pegada da galáxia, e é excitante saber que estamos começando a entender sua estrutura”, disse Christian. O astrônomo também observou que, com esses dados, espera-se começar a realmente entender a nossa heliosfera.
A estrutura da cauda do nosso Sistema Solar é invisível a olho nu, mas já nos revela alguns dos seus mistérios.
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O amarelo e o vermelho representam áreas de partículas em movimento lento e o azul, de movimentos rápidos (NASA / IBEX) |
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