OVNI Detectado & Perseguido Na Califórnia
Legendas & Tradução: Tunguska
Em novembro passado, o site “The Drive” publicou uma história exclusiva detalhando um incidente bizarro envolvendo uma aeronave não identificada que transitou os céus do noroeste do Pacífico no início da noite de 25 de outubro de 2017. O que começou como um alvo de radar movendo-se a uma velocidade muito alta sobre o norte da Califórnia, transformou-se em uma série de relatos de testemunhas oculares feitas por pilotos de linhas aéreas nas proximidades seguindo para o norte sobre o Oregon. Até mesmo caças F-15 foram enviados para interceptar o misterioso intruso que rapidamente ficou invisível ao radar.
Agora, por meio de uma petição pela Lei de Liberdade de Informação, o “The Drive” obteve o que poderia ser um dos exemplos mais reveladores de documentação oficial em torno de tal encontro que já havia sido confirmado ter ocorrido tanto pela FAA quanto pela Força Aérea dos EUA. Esses materiais incluem fascinantes gravações de transmissões de rádio e chamadas telefônicas feitas à medida que o incidente se desenrolava, bem como entrevistas com pilotos e conversas entre oficiais da FAA após o peculiar incidente.
Um dos áudios descreve o avistamento inicial do objeto, quando ele atravessou o norte da Califórnia em alta velocidade, antes de virar para o norte e se misturar ao tráfego aéreo próximo e desaparecer do radar. Além de ficar invisível ao radar, a aeronave não emitia sinal de transponder nem jamais se comunicou verbalmente com os controladores de tráfego aéreo.
O Setor 31 do Centro de Oakland detectou o alvo pela primeira vez por volta das 16h30, hora local. Esse setor abrange aproximadamente de Sacramento até Redding, antes do seu limite norte, que fica perto da fronteira com o Oregon, terminar e o espaço aéreo do Centro de Seattle começar. Ao leste, o espaço aéreo delimita-se com a fronteira Califórnia-Nevada. Isso faz sentido, porque a nave foi rastreada por pilotos de linhas aéreas, pois ela seguiu caminho sobre o Lago Crater e foi em direção ao Vale Willamette.
No áudio, o controlador do Centro de Oakland observa que a aeronave está perto do limite da sua demarcação, por isso parece que a primeira aparição da aeronave ocorreu oficialmente perto da fronteira do Setor 31 do Centro de Oakland e do Setor 13 ou 14 do Centro de Seattle. O alvo estava se movendo “muito rápido a 37.000 pés” quando foi detectado pela primeira vez.
O “intruso” rapidamente desapareceu do radar e foi aí que começaram os avistamentos por parte das tripulações das linhas aéreas. Eles continuaram por aproximadamente meia hora e ao longo de centenas de quilômetros. Os diálogos entre pilotos nas proximidades e o controle de tráfego aéreo em relação à aeronave não identificada eram constantes, com a mesma descrição reaparecendo – a de uma aeronave branca viajando a cerca de 37.000 pés e que estava muito longe para se identificar o modelo ou se havia marcas de qualquer tipo nela.
As gravações detalham a mobilização dos caças F-15 no Aeroporto Internacional de Portland, com o controlador de tráfego aéreo observando isso enquanto conversa com outro controlador da FAA, que também reitera ainda não haver contato de radar com a aeronave. O controlador pede repetidamente que as aeronaves próximas verifiquem seus sistemas de prevenção de colisão de tráfego (TCAS) para a aeronave, mas todas as leituras são negativas.
O voo Alaska 439 pede uma atualização sobre a aeronave não identificada, mas o controlador informa que ainda não ter detalhes, dizendo de forma coloquial que a aeronave deve estar em uma espécie de “modo furtivo ou algo assim”. Também é interessante o fato dos caças F-15 seguirem primeiramente para o sul quando parece que o objeto estava ao norte do Aeroporto Internacional de Portland no momento em que foram despachados.
Em seguida, pilotos começam a chamar o Centro de Oakland informando o avistamento da aeronave. Menciona-se que a “Defesa Aérea” também está procurando o alvo no radar. Isso mostra que os militares estavam envolvidos desde o início com o encontro.
O termo “DEN” é referido repetidamente nas gravações. Essa é a Rede de Eventos Domésticos, uma espécie de sistema de linha direta que é usado para contato imediato da FAA com as autoridades federais, ou seja, as Forças Armadas. O termo “WADS” e o codinome “Bigfoot” também são usados em certos momentos. Isso se refere ao Setor Oeste de Defesa Aérea do NORAD que monitora o espaço aéreo em uma grande área de território nos Estados Unidos e no Canadá. Sediada na Base Aérea de McChord, em Washington, o WADS despacha os caças quando necessário e os direciona para seus alvos de interesse durante as missões de soberania aérea doméstica, entre outras responsabilidades.
Nas gravações, há controladores falando sobre como a Força Aérea quer implantar uma patrulha aérea sobre a cidade de Battle Ground, em Washington, localizada 20 km ao norte do Aeroporto Internacional de Portland. Sabemos que os caças F-15 seguiram para o sul inicialmente, então não está claro se essa chamada foi feita antes ou depois que os caças estavam no ar e o plano mudou mais tarde por algum motivo.
Nas chamadas feitas após o incidente, o Gerente de Operações do Centro de Seattle tenta descobrir o que aconteceu exatamente. No processo, ele conversa mais uma vez com o Centro de Seattle e os três pilotos de linhas aéreas que avistaram a aeronave desconhecida. Também há conversas bem interessantes com o escritório da Segurança da Organização de Tráfego Aéreo da FAA e o Grupo de Qualidade da agência. Discute-se sobre quem “solicitou” o envio dos caças. Na gravação, informam que partiu da sede da FAA. O gerente questiona a ideia de ter os aviões de passageiros mantendo visual da aeronave em vez de permitir que aterrissassem no Aeroporto Internacional de Portland, pelo menos até os caças F-15 aparecessem, mas a oficial da FAA contesta isso informando que não sabiam o que era a aeronave, “se estavam equipados com alguma coisa”, ou quais eram suas intenções. Ela reitera que ter envolvido os militares foi uma boa ideia, mas que a ordem deveria ter vindo da sede da FAA no DEN. O gerente lembra-lhe novamente que ele não sabe quem solicitou assistência militar e que o Centro de Oakland disse que ele deveria chamar o WADS inicialmente.
O Centro de Oakland e os oficiais da FAA discutem sobre o que aconteceu. Todos concordam que “com certeza havia algo lá fora”, com um controlador do Centro de Oakland dizendo que a aeronave apareceu pela primeira vez indo para o sul em alta velocidade antes de executar uma manobra abrupta e depois “disparar para o norte”. Mesmo a par dos procedimentos para tais eventos, o encontro parece totalmente estranho aos dois controladores de alta patente, com um afirmando: “Tenho a sensação de que alguém vai passar um pente fino nisso”.
Vários pilotos avistaram a aeronave desconhecida, e o gerente do centro pede que cada tripulação redija um relatório detalhando sua perspectiva do incidente. Durante uma ligação com o voo United 612, existem alguns momentos estranhos, mas o piloto descreve o encontro, afirmando que ele estava muito longe para discernir o modelo da aeronave. O voo da Alaska Airlines 525, também não revelou muito, pois a tripulação disse que não conseguiu avistar o objeto, mas a tripulação do voo Skywest 3478 conseguiu, apesar de não acrescentar muito.
A conversa com o piloto do voo Southwest 4712 foi, de longe, a mais interessante. Ele imediatamente observa o quanto o encontro foi estranho e como ele jamais viu um incidente parecido em seus 30 anos pilotando jatos. O piloto observou: “Se fosse como um modelo de avião Lear (jato particular), provavelmente eu não teria visto claramente. Era um avião branco e grande. E também estava se movendo rápido, porque estávamos mantendo o mesmo ritmo, provavelmente estava se movendo mais rápido do que nós. Era uma aeronave maior.” Ele também disse que observaram o objeto desde o norte da Califórnia até sua descida em Portland.
Há uma ligação do gerente com o Grupo de Qualidade da FAA, que é surpreendido pelos detalhes que cercam o evento e especialmente com o fato de que ninguém ainda sabia o que era a aeronave ou para onde ela acabou indo. “Que esquisito” foi o informe operacional da oficial da FAA, que foi perspicaz em dizer o mínimo possível, pois essas pessoas lidam com incidentes únicos que ocorrem no espaço aéreo americano todos os dias. O gerente concordou com o sentimento e observou que não era uma aeronave pequena e que estava se movendo muito rápido, superando um 737 em velocidade de cruzeiro nas proximidades. A oficial também disse que o incidente deve ser classificado como “potencialmente significativo” nos relatórios. Ela até disse que foi “uma coisa muito estranha para qual não há um procedimento definido. Não é com frequência que ouvimos sobre alguém desconhecido naquela altitude”.
Em conjunto, esses materiais nos dão uma visão incrível não apenas sobre esse incidente, mas também sobre como esse tipo de evento é realmente tratado em tempo real por aqueles que são responsáveis pela segurança daqueles no ar e no solo. O que eles não oferecem é qualquer tipo de explicação para o que aconteceu naquela noite de outono. Mas, na verdade, o fato é que todos os envolvidos, os controladores de tráfego aéreo, os operadores de radar da Força Aérea, os pilotos de linhas aéreas e até mesmo os oficias especiais da FAA encarregados de responder a todos os tipos de incidentes comuns que ocorrem no céu todos os dias parecem tão intrigados com o evento quanto nós.
Acima de tudo, essas novas evidências destacam o quanto esses eventos são raros, especialmente aqueles que incluem avistamento coletivo, o uso de diferentes sensores, o envolvimento de várias agências, incluindo militares e alguns dos caças ar-ar mais avançados do mundo. E depois de recentes revelações desmascarando como o Pentágono ainda tem bastante interesse em encontros como este, isso torna o incidente ainda mais significativo hoje do que quando ocorreu.