60 mil estruturas maias escondidas sob floresta na Guatemala | Tem Pirâmide de 30m
Entre elas está uma pirâmide de 30 metros; ‘megalópole’ tinha 10 milhões de habitantes
Entre as descobertas estão novos centros urbanos com calçadas, casas, terraços, centros cerimoniais, canais de irrigação e fortificações, entre outros, detalhou Canuto, arqueólogo da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos.
As medições e elaborações de mapas foram feitas em nove sítios e arredores, estudados pela Fundação Patrimônio Cultural e Natural Maya (PACUNAM), uma entidade financiada pela iniciativa privada na Guatemala e doadores estrangeiros.

Uma das revelações do estudo foi a localização de uma nova pirâmide de 30 metros, que havia sido identificada como um morro natural em Tikal, o principal sítio arqueológico do país centro-americano. Também foi identificado um sistema de fosso e muralha de 14 km no mesmo local.
— Agora não é necessário cortar a mata para ver o que há por baixo — afirmou Canuto, ao qualificar a investigação como uma “revolução na arqueologia maia”.
Segundo o especialista, o sistema LiDAR permitiu detectar em um curto prazo descobertas que teriam exigido décadas com a arqueologia tradicional. Além disso, o estudo sugere que em seu auge estas terras baixas maias foram ocupadas por dez milhões de habitantes, uma população “muito maior” que a das estimativas anteriores.
As revelações do estudo serão exibidas em um documentário que estreará em 11 de fevereiro pelo canal de televisão da National Geographic, acrescentou o ministro da Cultura e Esportes, José Luis Chea.
— Estas descobertas reafirmam que a Guatemala é o coração do mundo maia — acrescentou Jorge Mario Chajón, diretor do Instituto Guatemalteco de Turismo (Inguat).
A cultura maia teve seu esplendor no chamado período clássico até que entrou em uma etapa de decadência no pós-clássico, entre os anos 900 e 1200 d.C. Esta rica cultura se expandiu pelos territórios que atualmente abrangem Guatemala, México, Belize, El Salvador e Honduras.
Fonte da notícia: O Globo